sexta-feira, outubro 07, 2011

Petz by Olga Roriz


«Este é um espectáculo sobre nós, seres afectuosos, facilmente domesticáveis, afeiçoados, dóceis e selvagens, perigosos e cruéis. Falso! É um espectáculo onde nos propomos observar o inatingível. O privado e o público. O quotidiano, a rotina e os hábitos. O silêncio e a solidão. Os lugares apertados. O espaço sem espaço. A acumulação dos detritos. A reciclagem dos afectos, dos objectos, dos sentidos. A azáfama e a inércia. As pequenas palavras. A procura dos nomes. As presas e as surpresas. O jogo de poderes. A sedução. O desejo. O domador e o domesticado. As funções e disfunções. A dependência. Reacções e confusões. A vivência possível. A ironia de uma partilha forçada. A falsa privacidade. O engano. O acaso. Brincar como se fosse ao acaso. Homens e mulheres afeiçoados por si próprios. Auto domesticados. Selvagens. Um espaço interior com paredes, portas e janelas imaginárias. A luz é apenas uma memória. O som da cidade dissipou-se no tempo. A clausura torna-se real.»
Olga Roriz

Estreia absoluta
Teatro Camões, Lisboa
Hoje e amanhã

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