terça-feira, junho 22, 2010

Ian McEwan: Na praia de Chesil

"Quando pensava nela, ficava pasmado por ter deixado partir aquela rapariga com o seu violino. Agora, claro, percebia que a proposta abnegada que ela lhe fizera era irrelevante. Tudo o que ela precisava era da certeza do seu amor e de que ele lhe garantisse que não havia pressa, quando tinham a vida inteira pela frente. Amor e paciência - se ao menos ele tivesse possuído os dois ao mesmo tempo - por certo tê-los-iam ajudado aos dois. E então que crianças por nascer teriam tido as suas oportunidades, que menina com uma fita no cabelo se teria tornado a sua filha adorada? É assim, não fazendo nada, que todo o curso de uma vida pode ser alterado."

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