domingo, novembro 29, 2009

José Saramago: Caim

Ignoro a polémica. Não sou por Saramago nem contra Saramago. Não sou devota nem alérgica à obra do senhor. E sobre a Religião, estou do lado dos que acreditam e praticam (ou tentam), mas vivo bem com quem a critica e abomina. Apesar disso, sobre Caim não me ocorre nada senão um cliché de solas gastas: muita parra; pouca uva. Muita controvérsia, muitas páginas de jornais, muitos membros da Igreja entrevistados avulso por causa de um livro que, afinal, não merecia o esforço. E não é porque Saramago não tente, não se entregue efectivamente à tresleitura do Antigo Testamento, ou porque aquilo não possa realmente melindrar os católicos mais fervorosos. É só porque Saramago o faz de uma forma tão preguiçosa, tão pouco criativa, com umas piadas tão quase infantis, que o desapontamento, não fosse ele quem é, não chegaria para alimentar qualquer tipo de celeuma.

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