quinta-feira, julho 27, 2006

Grito da ex-Culturporto

Marcelo Mendes Pinto, ex-vereador da cultura, o primeiro dos três que Rui Rio já nomeou em cinco anos, escreveu anteontem no "Nortadas":
"(...) A Lei nº 5-A/2002, que altera a Lei nº 169/99, ao estabelecer o quadro de competências, assim como o regime jurídico de funcionamento dos orgãos dos municípios e das freguesias, consagra as competências no âmbito dos apoios que as Câmaras devem prestar a actividades de interesse municipal, entre as quais as de natureza cultural (Art. 64). É, portanto, a Cultura uma área que o Estado reconhece como de interesse municipal e, localmente, da competência da Câmara o seu apoio. Por isso não me parece colher o argumento da ausência de vocação. Será uma questão ideológica? Não me parece que a tranferência da gestão de um Teatro Municipal para privados seja apanágio social-democrata ou liberal. A Câmara não pretende mesmo intervir na vida cultural da Cidade? Demite-se?"


E hoje, João Alpuim Botelho, ex vice-presidente da Culturporto, acrescentou:

"A Direcção da Culturporto foi substituída por um fotógrafo e por uma engenheira alimentar (sim, eu também nem quis acreditar, mas a directora do Teatro Municipal da segunda cidade do país é hoje uma senhora que é engenheira alimentar, que tem como melhor habilitação no curriculum o facto de ter sido responsável pela secção cultural da junta de freguesia do Bonfim e, claro, ser irmã do presidente da distrital do CDS/PP). Não foi um prenúncio do fim? Ninguém reparou nisso. Ninguém disse nada".

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